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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz 2013!

Hoje eu ia começar as postagens que pretendo colocar aqui no blog, mas como é dia 31 e a internet tá às moscas, prefiro fazer isso amanhã, quando todos vão acordar 3h da tarde de ressaca e só vão querer ficar deitados navegando no computador hahahahah

Eu sou uma pessoa muito supersticiosa, mas não com superstições tradicionais (aliás, que palavra difícil de se pronunciar). Já quebrei espelho (em 2011, minutos antes da primeira prova que faria na faculdade, de Fisiologia I) e passei debaixo de uma escada (em 2006), cruzei com gato preto (numa sexta-feira 13 - e achei super legal) e mais um tanto de coisas. Mas nada disso me afetou, por que eu realmente não acredito muito nessas bobagens.
Porém, eu mesma acabei por inventar minhas próprias bobagens. Tenho vários objetos da sorte: uma caneta (com a qual fiz 90% das minhas provas do ensino médio), uma saia verde, um elástico de amarrar cartolina que eu perdi (me trouxe MUITA sorte nos dois meses que andava com ele no pulso - sim, eu andava com esses elásticos feios no pulso, até arrebentar), entre muitas outras coisas que se eu citar vai parecer que sou idiota (acho que já parece haha).
Bom, essa introdução toda foi pra dizer que eu tenho muita superstição em relação aos anos. Sei que essas medidas de tempo foram criadas pelos humanos, mas pra mim parece que a "aura" das coisas muda quando o ano muda também. Eu já tive alguns anos maravilhosos na minha vida e outros que foram horríveis, começando tudo de ruim logo em janeiro.
2012 foi um ano bem mais ou menos, mais pra menos. Coisas muito boas aconteceram, mas coisas que faziam sentido na minha vida deixaram de fazer, e eu me tornei uma pessoa totalmente diferente de quem eu era e quem eu gostaria de ser. Mas aos poucos já estou reaprendendo a ser melhor ainda.
Tenho fortes impressões que 2013 será um ano muito bom, meu "sexto sentido" (que funciona bem) acusa isso. Pelo menos um ano legal PRA MIM, se amanhã acontecer uma catástrofe no mundo não venham rir da minha cara.
Outro dia JÚPITER (meu planeta preferido - tenho sempre algo preferido em um conjunto de qualquer coisa) apareceu no céu ao lado da Lua e eu tomei como um sinal positivo. Me senti muito feliz quando pude vê-lo lá, pequeno mas brilhante. Eu fico muito animada quando umas coisas simples assim acontecem.
Júpiter é lindo (foto da NASA)

Enfim, espero que todos vocês que estão lendo esse texto meio bobo tenham todas as suas expectativas para 2013 confirmadas! Eu acredito que as minhas vão ser.

Abraços a todos e até ano que vem =)

sábado, 29 de dezembro de 2012

Primeira postagem

Algumas histórias pra você ler.

1
Um dia desses, uma liga da qual participo na minha faculdade organizou um simpósio juntamente com outra liga. Eu estava lá, feliz, monitorando a lista de chamada, quando um calouro desesperado se aproximou de mim. Ele disse:
- Olha, eu sei que o simpósio vai ser em três dias, mas amanhã não poderei vir. Tenho um compromisso inadiável. Vou perder o certificado por causa disso?
Pensei no que o calouro estava me perguntando e percebi que a resposta soava meio óbvia pra mim.
- Claro que não. Sendo o simpósio de três dias, você tem direito de faltar um. E mesmo que falte mais que isso... eu nunca vi ninguém perder certificado por falta. Imagino que só em um congresso maior... Mas mesmo assim.
O calouro respirou aliviado e eu percebi que estava tirando um peso das costas dele. Fiquei pensando depois, sozinha, neste acontecimento. Coisas que pra mim, hoje, com dois anos de faculdade completos, são tão óbvias... e pra ele e seus colegas não eram. Coisas que veteranos geralmente riem da nossa cara se perguntamos (por que são sempre perguntas bobas mesmo, pra quem já passou por tudo isso). 
É grande mesmo o choque entre cursinho/escola X faculdade. A gente fica perdido no início, se sentindo culpado por não estar conseguindo estudar tudo pelos livros, em meio a uma maré de churrascos/festas/calouradas. E é nos tropeços que a gente vai aprendendo a viver uma vida totalmente diferente.
Pra gente é assim, pra eles nem tanto.
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2
As pessoas têm uma certa mania de achar que tudo no passado é melhor. Acho que, talvez por isso, a infância seja tão supervalorizada. Sim, é muito bom ser criança, e ter no topo das suas preocupações conseguir convencer seus pais a te darem aquele brinquedo legal. Mas eu me lembro de muitos aspectos chatos também... Eu, que sempre gostei de dar minha opinião sobre coisas, quando tentava fazer isso do topo dos meus cinco anos de idade, era recebida com um "que gracinha". Sério, isso me irritava bastante...
Não vou dizer que nunca fui infectada por essa nostalgia contagiosa. Quando estava no primeiro ano do ensino médio, sentia uma saudade gigante da oitava série. Quando estava no terceiro ano, com todos os professores nos treinando pra ser um exército de vestibulandos, ficava triste por não estar mais no segundo ano.
Quando estava no primeiro período da faculdade, tendo algumas matérias importantíssimas (ironia mode on) e outras um tanto chatas, meus veteranos me falavam "Nossa, nessa época, eu era feliz e não sabia".
Algo que poucos sabem sobre mim é que tenho uma memória muito boa e geralmente guardo frases assim ditas pra mim (já peguei muita gente mentindo com esse meu "dom"; as pessoas falam uma coisa, meses depois dizem outra totalmente diferente, e acham que eu esqueci hahahaha). Enfim, guardei essa frase e quando terminei o segundo período pensei nela novamente - e vi que não era verdade. Apesar de o segundo período ter sido imensamente mais difícil que o primeiro, foi tudo muito mais interessante e estudar se tornou algo fluido e prazeroso. Ficar decorando músculos do antebraço, pra mim, era muito pior do que anatomia e fisiologia do TGI - por mais que essa segunda opção envolvesse uma quantidade de informações necessárias de serem memorizadas substancialmente maior.
E daí percebi que as pessoas reclamam do dia hoje não por que ontem era uma época mais feliz; mas por que hoje é uma época mais difícil. A vida não vai ficando mais triste e horrível com o passar do tempo - mas fica mais complicada a cada momento, de fato.
E todas as pessoas que têm esse pensamento, quando estiverem trabalhando vão sentir falta da faculdade, e quando aposentarem vão sentir falta do trabalho. E assim nunca terão aproveitado nenhuma "fase da vida" delas.

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3
Você já parou pra pensar em quantas coisas "épicas" e fora da sua rotina de comer/dormir/estudar está fazendo? Outro dia eu parei pra pensar nisso em relação a mim. E percebi que eu, realmente, não estava fazendo nada de muito legal fora daquilo que eu preciso fazer pra sobreviver/passar nas matérias. Estava me tornando mais uma pessoa no meio de uma multidão de outras. Logo eu, que sempre gostei de ser diferente.

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Depois dessas experiências todas, pensei em criar um local onde eu e quem mais quiser colaborar pudéssemos dividir conselhos. Algo que a gente não acha no Harrison, no Guyton, nem na apostila do Medcurso. Coisas que facilitem nossa vida - que já é meio complicada pela quantidade de coisas que temos que fazer (seja matéria pra estudar ou atividades pra ficar complementando currículo). Coisas que ajudem os calouros perdidos e os veteranos que já têm o GPS, mas não sabem como ele funciona na maioria das vezes. Coisas que podem te ajudar na hora de estudar (reviews de variados livros-texto de uma só matéria, por exemplo) ou na sua vida (como dicas de comidas gostosas pra você fazer rápido e não perder o tempo de estudo quando está atolado, e opções dinâmicas de lazer). Por isso escrevi a história 1 no início desse post.
Também quero incluir um pouco de humor aqui. Pra rirmos das nossas próprias dificuldades (coisas que muitas páginas já fazem). Pra fazer com que o "difícil" de hoje seja mais suave, e que nós lembremos de tempos passados como sendo bons, mas ainda aproveitando o que é atual e ansiando o futuro. Por isso escrevi a história 2.
Além disso, preciso desse espaço pra mim. Preciso de algo "incomum", coisa que sempre tive e não tenho mais. Algo do qual me lembre com carinho daqui a alguns anos. Algo que faça tudo isso memorável. Algo pra registrar tantos dias que estão passando em branco. Por isso escrevi a história 3.

Saindo um pouco dessa poetização dos motivos pelos quais resolvi começar a escrever esse blog, vou me apresentar brevemente. Meu nome é Anuska Pittella (é sério que esse é meu nome), tenho 20 anos e estou indo para o quinto período de medicina da FCMS/JF. Penso até demais e falo pouco desses pensamentos; já disse que tenho uma memória muito boa; adoro escutar música, videogames antigos e desenhar; tenho MUITOS interesses estranhos e sei curiosidades sobre muitas coisas que quase ninguém sabe (porém, na hora da prova, quando preciso lembrar do óbvio, às vezes me perco). Analiso as pessoas demais de vez em quando. Por enquanto é só isso que você precisa saber.
O blog ainda não está do jeito que eu quero, falta muita coisa que quero adicionar, mas já dá pra navegar por aqui  =). Montei um fórum para discussões e peço a vocês que comentem a postagem, pois quero ideias novas, sugestões e temas que sejam pertinentes na vida de vocês. Apesar do nome, esse blog pode atender qualquer estudante/profissional, de qualquer grau, de qualquer curso.
Como estou de férias, provavelmente poderei postar com certa frequência esses dias, algo que infelizmente não será possível quando as aulas retornarem. Principalmente quando estiver em semana de avaliação (minha faculdade junta todas as provas numa semana só e é uma merda, ainda falarei muito disso aqui) ou em algum congresso maior. Mas avisarei quando isso acontecer.
Aprendendo a ver o lado legal das coisas chatas e das dificuldades.

Obrigada se você leu tudo até aqui e espero que tenha gostado. Volte mais vezes, quando tiver mais textos legais pra ler. Não deixe de dar sua opinião e participar do blog.

Tchau! :D